Frente | A rádio da Lénia
Há músicas que têm efeitos estranhos em mim. Náuseas, por exemplo.
Mesmo! É uma coisa física: há músicas que me agoniam. Não é simplesmente
mão gostar delas. É não as suportar, de todo. E ficar nauseada, como se
tivesse atravessado o Tejo de barco (pois, também não sou muito feliz a
andar de barco).
Música dos anos 80. Não suporto. Odeio. Quem me conhece bem sabe
deste meu odiozinho de estimaçã. Há excepções nos anos 80: U2 e Sting,
por exemplo. Na verdade, não me lembro de mais nenhuma excepção. Sou
incapaz de ouvir música dos anos 80 e só não fujo mesmo se não puder.
Por isso, uma coisa como a M80 a tocar no meu carro é coisa que nunca
aconteceu. E se acontecer é por acidente.
Eu sou miúda de coisas mais dançáveis. Mais suburbanas, certamente.
As minhas rádios passam música recente, que diverte e anima. Adoro a
Comercial de manhã, graças ao Pedro Ribeiro, à Vanda Miranda e ao Vasco
Palmeirim. Depois farto-me dos anúncios em barda e estaciono na Mega
Hits - eu avisei que isto era coisa suburbana. Aproveito e ganho balanço
para o ginásio. No regresso, continuo na Mega Hits ou, se a música me
estiver a cansar, passo para a VodafoneFM ou para a Sudoeste. Nunca por
muito tempo, é certo. Se estiver no carro ao fim da tarde, a companhia é
da Antena 3 e do Fernando Alvim.
Rádios-de-notícias só quando acontece alguma coisa especial (eleições,
por exemplo) e relatos de futebol na Antena 1 ou na TSF, quando estamos
em época de campeonatos do mundo ou da Europa.
Rádios de que fujo: Smooth FM, Marginal, Amália, rádios brasileiras e
a já mencionada M80. Não sou eu em nenhuma delas e eu gosto mesmo é de
ir a "dançar" e a cantar enquanto conduzo. Gosto de música que me faça
"sair" do carro é sorrir. E se não for para me pôr bem disposta, mais
vale desligar a rádio ou a ir a ouvir músicas infantis (às vezes os
miúdos agradecem - as duas coisas!).
[a minha versão da história, as usual, no blogue da Lénia]
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